O tempo todo de nossas vidas tomamos decisões !
Não podemos ficar fugindo delas !
Quantas vezes não ouvimos ou mesmo proferimos comentários
como: "É injusto e cruel ver um adolescente, praticamente uma criança,
determinar algo tão definitivo como uma profissão." ou mesmo um adulto
lamentando: "Como eu poderia saber que não iria gostar da minha carreira ? Agora é tarde, não tenho como voltar atrás".
Realmente, optar por uma profissão extrapola o simples
"x" assinalado no formulário de vestibular. Da mesma forma, mudar uma
carreira não se limita ao simples desejo pelo novo. Apesar de aparentemente
diferentes, os dois momentos têm pontos em comum. Denunciam a maneira como
fomos ensinados a decidir e lidar com as consequências.
De forma implícita, nossa cultura expressa a ideia de que só
adultos têm responsabilidades, assumem decisões importantes e de impacto.
Estudar, passar de ano, não utilizar drogas, permanecer comportado em sala de
aula, prestar atenção ao professor ou respeitar os colegas são algumas escolhas
presentes no universo infantil e adolescente que somam um enorme impacto no futuro.
Entretanto, várias gerações erram ao desconsiderá-las.
Interpretam a ação do jovem como mera obrigação ou, o que é pior, como mérito
próprio, adotando o papel de bom educador e dificultando a construção da
autoconfiança desse futuro adulto.
A importância de exercitar o processo decisório está em
experimentar as etapas que levam à escolha, entender as consequências, tolerar
a incerteza dos resultados e, principalmente, aprender a corrigir passos
equivocados. Isso pode ser ensinado no dia-a-dia, em situações aparentemente
irrelevantes que, quando realizadas com consciência, trazem ganhos de
maturidade pessoal e, consequentemente, profissional.
Numa sociedade ávida por eliminar o fracasso, o grande foco
de atenção educacional concentra-se em ensinar a evitar erros e problemas.
Esquecemos que, por melhor que seja a preparação que antecede uma escolha,
existirá sempre uma porcentagem de incerteza. Na carreira, em especial, os
resultados das decisões só se revelam no momento da prática.
Através do processo de orientação profissional, também
conhecido como orientação vocacional, tanto o jovem como o adulto encontram
apoio para organizar e equacionar as variáveis que compõem uma decisão madura.
Além disso, a orientação tem o papel de desmistificar a idea que a escolha
termina no momento de sua definição.
Ao contrário, o ato de decidir resume-se apenas ao ponto de
partida. Implementar a decisão, monitorar os resultados e corrigir a rota são
aspectos inerentes que dão continuidade ao processo. A escolha consiste apenas
no primeiro dos muitos passos rumo a um projeto profissional que está sendo
construído.
Com receio de enfrentar barreiras e dificuldades, o momento
de decidir ou mudar de carreira pode gerar medo, vergonha, vazio, sensação de
esgotamento em função da fantasia de estar voltando ao marco inicial. Quando
estamos presos a esses sentimentos, esquecemos que as experiências de vida são,
invariavelmente, acumuláveis. O caminho, por mais que pareça ser totalmente
novo, é evolutivo. Aprender com a prática significa somar informações e
experiências.
Reconhecer que uma escolha no passado não foi adequada ou já
não serve para o momento de vida atual, é desconfortável, porém faz parte do
processo de amadurecimento. Da mesma forma, optar por uma profissão pela
primeira vez, é um passo importante sim, mas que pode ser visto sob a
perspectiva de que também será constantemente revisto e corrigido.
Isso não significa que seja válido agir de forma impulsiva ou
inconsequente. É preciso aprender a refletir, rever e corrigir rumos de forma
planejada, cautelosa, considerando limites, obstáculos, aproveitando a
experiência prévia e as oportunidades do momento.
A habilidade para cumprir essa tarefa não é intuitiva.
Existem técnicas que auxiliam nessa busca. A orientação profissional cumpre
esse objetivo e realiza esse acompanhamento em ambiente seguro, respeitando o
ritmo individual, porém instigando constantemente o indivíduo a buscar seu
caminho.
Ter a coragem de arriscar-se implica em aprender a caminhar e
a lidar com os próprios medos. Exige paciência, em direção ao desenvolvimento
de uma carreira sólida, que seja fonte de satisfação e de realização. Este é,
sem dúvida, um grande desafio.
Você precisa de ajuda para escolher qual curso universitário
ou carreira a seguir ?
Consulte um Orientador ou Coach Vocacional !
Fonte : baseado em artigo
publicado em www.mundovestibular.com.br
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