sexta-feira, 10 de agosto de 2018

... Como sou eu que pago, eu que escolho para você ...


Será que você irá amar menos uma pessoa porque 
ela gostaria de fazer um curso universitário que 
não seja aquele que você queira que ela faça ?

A preparação para o vestibular já gera bastante ansiedade para os estudantes. Consequentemente, essa tensão também atinge os pais, que acompanham de perto toda maratona de estudos e tentam auxiliar os filhos no que podem. No entanto, em alguns casos, essa ajuda acaba deixando o vestibulando ainda mais confuso e preocupado.

Claro que esta situação ocorre em grande parte das vezes de forma não intencional. Mas quando acontece, é devido a uma questão que ainda gera bastante sofrimento ao vestibulando e está relacionada a carreira em que ele deve seguir.

Motivos

Em uma época não tão distante, as profissões eram passadas de geração por geração. Por exemplo, o pai se formava em Direito ou Medicina e, por estas serem profissões de renome, era de bom tom que o filho seguisse os mesmos passos. Além dessa questão cultural, há jovens que optam por seguir a mesma carreira dos pais por se espelhar na trajetória já realizada por eles. Isso se reforça quando a profissão é associada ao sucesso, como a estabilidade financeira e carreira de prestígio social.

Há, ainda, outro fator. Muitos pais por terem a frustração de não ter conseguido fazer determinada graduação na juventude, colocam todas as expectativas nos filhos, para que eles façam o tão sonhado curso, sem levar em conta as suas reais aptidões e preferências.

O outro lado

Com a ascensão de outras profissões, do acesso à informação e a globalização, os jovens passaram a ver com bons olhos seguir outras carreiras que não as tradicionais. No passado, o filho já crescia sabendo que seguiria a profissão do pai, pois foi a única que teve contato. Atualmente, o jovem tem informação sobre diversas carreiras e pode analisar melhor qual combina mais com seu perfil.

O contato com o cotidiano profissional dos pais também pode levar o estudante a não optar pela mesma profissão. Isso acontece quando o trabalho deixa o pai ou a mãe estressado(a) ou não proporciona uma boa renda, por exemplo.

Conflitos

Um item recorrente e muitas vezes apontado como o principal motivo dos desentendimentos familiares na época do vestibular está ligado exatamente a essa discordância de pais e filhos na escolha da carreira e da faculdade.

Por conta de discordarem das opções, eles acabam entrando em conflito, afastando-se um dos outros e perdendo essa relação e vínculo tão importante, principalmente nesta fase, em que é fundamental que a família esteja toda unida. Tudo porquê alguns pais ainda colocam muita expectativa nas escolhas dos filhos. Despreparados neste aspecto, os pais não têm noção do que a dúvida pode gerar na cabecinha desses jovens.

Esses impasses precisam ser resolvidos de maneira harmônica e no diálogo, para que se chegue ou se aproxime de uma decisão em comum, que agrade ambas as partes. Caso a decisão do filho não seja a que realmente os pais desejam, é preciso ser tolerante. Essa discordância nítida de opiniões quanto às escolhas do filho traz uma angústia grande ao estudante que se prepara para as provas, podendo prejudicar seu rendimento.

É muito importante que os pais respeitem as decisões do filho. Só o vestibulando é quem deve decidir o que pretende seguir como carreira. Os pais podem e devem orientá-lo, auxiliá-lo, mas nunca podem passar por cima da vontade do filho. Essa imposição pode prejudicar o estudante por uma vida toda, pois ele não será satisfeito com o que escolheu trilhar profissionalmente e, consequentemente, não será um bom profissional.

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