O crescimento acelerado da tecnologia tem provocado mudanças
radicais em fábricas de todo o mundo. Das linhas de montagem saem produtos
inovadores e customizados em curtos períodos.
É o avanço da indústria 4.0, em que as atividades recorrentes
começam a ser realizadas por máquinas, enquanto aparece a demanda por um novo
tipo de profissional.
Um estudo feito pelo SENAI aponta o surgimento de pelo menos
30 novas carreiras – como técnico em impressão de alimentos ou projetista para
tecnologias 3D – em um período de cinco a dez anos, em oito áreas diferentes.
Todos esses especialistas deverão ser capazes de ir além e
desenvolver habilidades como inovação, empreendedorismo, agilidade na resolução
dos problemas e capacidade de tirar proveito da tecnologia.
“A tendência é que as novas ferramentas poupem as pessoas do
trabalho com repetição, o que cria oportunidades para interpretação de dados e
tomada de decisões mais avançadas a partir de inteligência artificial. Tudo
isso vai propiciar novas formas de ocupação”, diz Rafael Lucchesi,
diretor-geral do SENAI.
Marcelo Minutti, professor de inovação e futuro dos negócios
do IBMEC/DF, explica que as mudanças no mercado de trabalho sempre aconteceram
na história, mas a internet deu velocidade às inovações, o que torna carreiras
obsoletas com mais rapidez. “O profissional nunca deve parar de estudar”,
afirma.
As empresas também devem estar preparadas para receber esses
novos especialistas. Por isso, é essencial que os líderes se reciclem e busquem
desenvolvimento contínuo. “Pela falta de conhecimento, as tendências assustam à
primeira vista. É preciso saber quais tecnologias estão surgindo e qual o
impacto delas em cada negócio”, afirma Hugo Kitagawa, diretor industrial da
Rhodia, empresa do grupo químico Solvay.
Fonte : baseado em artigo publicado em veja.abril.com.br/economia/como-sera-o-mercado-de-trabalho-da-proximo-decada/
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